Adoradores da Vitória
Queremos começar citando duas passagens que falam sobre “adoradores” da vitória:
Disso fez Gideão um éfode, e o pôs na sua cidade, em Ofra; e todo o Israel se prostituiu ali após El; e foi um laço para Gideão e para sua casa.
JZ 8:27
JZ 8:27
Tirou os altos, quebrou as colunas, e deixou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até naquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã. II Re 18:4
Essas duas passagens retratam nossa geração. Temos no primeiro versículo o povo começou a idolatrar Gideão por entenderem que por sua própria força havia dado vitória contra os midianitas, a saber:
“Então os homens de Israel disseram a Gideao: Domina sobre nós, assim tu, como teu filho, e o filho do teu filho; porquanto nos livrastes das mãos de Midiã.”vs22
É exatamente o que vemos hoje, um culto a “vitória”, só se fala em vitória, nos louvores que mais se tornam popular, nos púlpitos é o que mais atrai, nas campanhas que dão “certo”, também a fórmula é a mesma. Por que? A resposta é simples, o mundo através do imediatismo e consumismo diz as pessoas que a conquista é obrigatória para alguém se tornar feliz. É o que chamamos de hedonismo, mas, na verdade sabemos que nossa conquista não é para esta vida e sim para o porvir, para nossa Neápolis (Cidade Nova). Meus irmãos quem tem acompanhado as matérias do jornal da Assembleia de Deus New Life, o “Tocando a Trombeta”, tem visto nosso comprometimento com a verdade e a obra missionária, os adoradores da vitória querem ser prósperos, infalíveis, querem o melhor para si. Espera ai! Eu disse “para si”? Isso mesmo, para si próprio, o que contraria a maior identidade do cristão, tão importante quanto dizer que é salvo é ter amor pelo próximo. Temos um trabalho no ministério Impacto Já, com um irmão disfarçado de mendigo, que fica o dia inteiro no bairro da igreja que é feito o trabalho e a noite vai para o culto, o que vemos é que a maioria, além de não dar a mínima para o mendigo, não se dá nem ao menos “uma palavra” para o mesmo, pelo contrario, o evitam, até que, finalmente, o mesmo vem a frete chamado por nós e conta que é crente e fez isso para saber se na igreja há amor pelo próximo, se somos ou não parecidos com Jesus.
Se não, é errado se chamar cristão (parecidos com Cristo) e sim religiosos ou qualquer coisa do tipo. Na primeira passagem citada vemos o povo adorando o manto de Gideão, hoje tem muitos pregadores que fazem campanha com o manto ungido, o que leva mais pessoas a igreja, mas o manto de hoje pode ser o dom de revelação que incrivelmente enche igrejas e não leva os crentes a crescimento espiritual algum, antes os torna dependentes e “anões espirituais”. Existe o “manto” dos famosos, que faz com que muitos só participem de um congresso por causa do pregador ou cantor “famoso”, se for o irmão Joãozinho não participam, por que? A resposta é: ADORADORES DA VITÓRIA!!
A razão de hoje ter que se fazer campanhas intermináveis de oração para ver alguma migalha de poder, é porque a maior parte das igrejas perderam comprometimento com as almas, e com a santidade, valores humanos e a padronização de conceitos do mundo, como posição por graduação teológica e secular. Levam a isso também quando substituem os padrões dados no livro de Atos e por Cristo na grande comissão. Na segunda passagem vemos 1000 anos depois de Ezequias retirando a serpente Neüstã do meio do povo. Cegos por 1000 anos! Quando tiramos os olhos de nossa missão, que é fazer missões, perdemos o foco do ser cristão, e transformamos nosso cristianismo em cristianismo sem cruz. Quando não fazemos o que Cristo nos mandou fazer, ai entra em cena o consumismo de informações sobre Deus, simpósios, seminários intermináveis, estudos e mais estudos, e ação vira omissão. Nesses 6 anos que evangelizamos AM Aparecida, até este ano em Trindade/GO, onde havia 2 milhões de pessoas, sempre vemos poucos irmãos conosco no trabalho, pois os adoradores da vitória ou estão buscando bênçãos ou poder entre quatro paredes, avivando os que estão no templo e morrendo os que estão no campo. O QUE A NOSSA GERAÇÃO PRECISA ENTÃO? De homens com caráter de José, a fidelidade de Daniel, ir até o fim com o mesmo foco, o comprometimento até que nada mais importe de Paulo, o coração sincero de Davi, sem hipocrisia de fariseus. Seremos ADORADORES COM VITÓRIA se tirarmos o foco de nós e levarmos para onde Cristo nos ordenou, IDE…
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